A Administração Apostólica São João Maria Vianney foi criada pelo Papa João Paulo II em janeiro de 2002 e tem atualmente como administrador apostólico o bipo D. Rifan. A principal característica da Administração Apostólica é a conservação da liturgia antiga, a disciplina e os costumes tradicionais.
Diante das polêmicas envolvendo a Campanha da Fraternidade deste ano, o bispo daquela Ad. Apostólica ordenou que durante o tempo da Quaresma, antes de todas as Santas Missas de preceito, seja dedicado meia hora para a oração do Santo Terço e pelo menos dez minutos de catequese, além da prática da devoção a São José. Sem criticar abertamente a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, o bispo, pelo menos do vídeo que assistimos a seguir, ignora solenemente tema, lema e o que quer que seja que oriente a referida campanha. Veja o vídeo a seguir:
Campanha da Fraternidade Rechaçada
Se o senhor bispo D. Rifan foi bastante “diplomático” nas suas orientações sobre como viver a Quaresma sem criticar abertamente a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, o Arcebispo Militar do Brasil, por sua vez, enviou carta à direção da CNBB em que se nega abertamente a participar da mesma. Ele afirma:
Compete aos bispos diocesanos, como autênticos Mestres e guardiães do Depósito da Fé, garantir a ortodoxia da fé que é pregada aos seus diocesanos. Esta missão, objeto de solene juramento por parte de cada um de nós antes de nossa ordenação episcopal, compromete a minha consciência de bispo e a ela jamais poderei renunciar.
Leia na íntegra a carta:

Excelência o prezado Irmão,
Com relação à Campanha da Fraternidade de 2021, em consciência, devo declarar o seguinte:
O Serviço de Assistência Religiosa às Forças Armadas e Auxiliar o ecumênico em sua própria natureza e na atuação concreta junto à família militar. Os segmentos católicos, protestante o kardecista, aos quais pertence a maioria dos membros das Forças Armadas, convivem em harmonia e trabalham juntos. Nas celebrações inter-religiosas procuramos insistir sobre os valores comuns, partilhados por todos, e evitamos aqueles temas que são contraditórios ou não aceitos por todas as igrejas e denominações. O diálogo inter-religioso é necessário e oportuno somente quando, no respeito às diversas expressão de fé, é realizado em sedes competentes. A evangelização dos fiéis, no entanto, em qualquer tempo e ainda mais em um tempo especial como é a quaresma católica, não é espaço para se dialogar sobre temas polémicos e contrário à autêntica doutrina de nossa Igreja
Compete aos bispos diocesanos, como autênticos Mestres e guardiães do Depósito da Fé, garantir a ortodoxia da fé que é pregada aos seus diocesanos. Esta missão, objeto de solene juramento por parte de cada um de nós antes de nossa ordenação episcopal, compromete a minha consciência de bispo e a ela jamais poderei renunciar.
Por este motivo, comunico-lhe que no Ordinário Militar do Brasil, durante a quaresma deste ano, seguiremos apenas as orientações teológico-litúrgicas próprias do tempo quaresmal e não serão utilizados quaisquer dos materiais produzidos oficialmente para a Campanha da Fraternidade deste ano. Nossos Capelães Militares estão sendo orientados, coso desejem abordar o tema da mesma, a utilizar unicamente a Fratelli Tutti do Papa Francisco.
Também o percentual da coleta destinado a esta Conferência Episcopal – e repartido com outras entidades promotoras da Campanha – não será enviado e sim, real e efetivamente, empregado no socorro aos pobres, através de obra social reconhecida pelo Ordinariado Militar. Sobre este uso, será meu cuidado prestar contas posteriormente à Presidência.
Em união de oração, pela construção de uma autentica comunhão episcopal,Dom Fernando Guimarães,
Arcebispo do Ordinário Militar do Brasil